terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Melancólica, eu?

Os orientais já diziam que a a mente fica na barriga, e não no cérebro. É lá que a gente “raciocina”.
O primeiro encontro, a prova de final de ano e a entrevista de trabalho “doem” na barriga, não na cabeça. Aquela cólica em hora errada, o friozinho ou o soco no estômago comprovam que nossas entranhas agem de maneira muito mais ágil do que um pensamento eficaz.

Levando em conta estes sintomas, podemos avançar e, quem sabe, até palpitar que a oscilação dos nossos humores vem de lá: do ventre. Siiiim, as mulheres sabem muito bem disto. Mas me refiro àquele humor azedo incontrolável, ou aquela indisposição com a vida. Afinal, não são todos os momentos em que o ânimo nos rodeia. Tem dias em que nem passam pela tangente.
Toda vez em que este animo me falta (olha que são muitas) eu culpo meu fígado. É algo bem inconsciente sem muita fundamentação, quase um bode espiatório. Mas esta teoria me satisfaz, ajuda, e é isso que interessa.

Penso que aquela história da bile negra não é fajuta, não. Este fluído quando intoxicado torna-se negro, o que demonstra que o organismo está em desequilíbrio, inclusive psíquico.
Pelo menos na antiguidade, ela era considerada a mola propulsora da Melancolia. Daí a origem da palavra: melas,negro, e chole, bile.... Isto foi tema da medicina em seus primeiros registros e é ainda hoje. Avançamos no assunto? Há quem diga que sim. Efexor, Zoloft, Prozac e etc, são inúmeros os produtos à disposição do paciente (ou seria cliente!?).

Por enquanto eu sigo resistente e não visto a persona de depressiva. Não preciso de um médico me dizendo, enquanto transcreve uma receita:
- “Ah, você sofre de transtorno de ansiedade!”.
- “Como doutor? É aquilo que me faz roer as unhas e sacudir os joelhos? Não sabia que tinha nome clínico. Pensei que fosse questão de consciência, um pouco de exercícios respiratórios e bastante vergonha na cara...”

Digo isso porque este mundo fácil do fast-food ferrou com a vida alheia. A gente ainda espera a vida fácil do” fast-mood” e, a pílula da felicidade, ainda não foi descoberta.
Até Alice - aquela do país das Maravilhas - ficou a ver navios!

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Alguns equívocos do festejo

Deixar de fazer minhas vontades em dentrimento de terceiros. Isto é um equívoco em qualquer situação...mas continuemos.
- Restaurante Mestiço / SP
- Roni Von na Gazeta e Ciro Bottini bêbado no Shoptime (Sim, não vi o Carnaval, mas assisti a bobagens deste nível)
- Explicar para a colega dinamarquesa que São Paulo é cidade onde o Carnaval é restrito, e não ser bem sucedida. "People work here,porra!"
- Levar a colega gringa para o Aeroporto e errar a fila do Check in. Quem tem boca vai a Dinamarca, ou pode acabar na JAL (Japan Airlines, com escala em NY. Not that bad...)
- E o pior: descobrir que gastou muito, mas muuuito mais em SP do que viajando para o litoral. Essa sim é pra chorar...

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

Esse tal de Carnaval...

Já vi que vou abrir mão da baderna mais um Carnaval. É praticamente uma missão complexa e impossível. Como se esquivar desta catarse coletiva? Pra mim, a empreitada tem se tornado cada vez menos trabalhosa. Há anos venho driblando algumas comemorações difíceis de passar em branco: copa do mundo, reveillon, natal...

Vou montar a minha festa com som em volume aceitável, bebidadas selecinadas (chega de kaiser quente, bombeirinho e afins) e principalmente TV desligada!!! Que fique claro, eu adoro samba, gosto da Mangueira e da Portela; mas não dá. Aquele ritmo domina a programação e se torna um mantra enlouquecedor. Prefiro um compacto com os melhores momentos pra assisitir em um dia qualquer.

Na realidade não vou abrir mão da baderna, ela é necessária; mas prefiro criar a minha com meus amigos em vez de compartilhar da baderna alheia.

Algumas opções!?

I)
LOCAL: SP na casa do Cládio e da Mari / Quintal
COMIDINHAS: sushi, sashimi (temos que aproveitrar o dote dos colegas...)
BEBIDINHAS: caipirinha de rum com lima da pérsia (ui, que fresco!) e muuuita água
SOM: Cibelle, Yo la tengo, Buena vista social club (pra variar...), depois a gente já tá berrando e não escuta mais nada

II)
LOCAL:Ilha bela, lá do lado do oceano no Bonete, bem longe dos foliões / Camping
COMIDINHAS: aquelas de astronauta, não dá pra inventar em camping
BEBIDINHAS: O que estiver mais barato. Vale tubaína e àgua da torneira. É o espírito
SOM: de preferência das ondas do mar, mas com certeza algum mala vai querer dividir a caixa de som ao lado da minha barraca. Em geral as trilhas destes ambientes variam entre Bob Marley, O Rappa e Sublime. O mesmo hit de sempre... Nada contra. Nem a favor.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

EASY



know it sounds funny but I just can't stand the pain
...I'm leaving you tomorrow
Seems to me...you know I've done all I can
You see I beg, stole, and I borrowed


...


I wanna be high
So high
I wanna be free to know the things I do are right
I wanna be free
Just me.

(Saudade da adolescência que não me larga...)

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Um salve para o bilhete único!

Ontem ouvi pela primeira vez a Rádio SulAmérica Trânsito. Uma rádio com o objetivo de prestar serviço ao motorista que fica engarrafado nesta cidade louca.
E fiquei triste. Fiquei triste porque perdemos a possibilidade de uma rádio bacana com música boa, informação, entretenimento... Estas já são tão poucas. Serviço de trânsito muita rádio já tem. Porque um assunto só? Por que não incentivar aos motoristas deixarem seus carros em casa, e tomarem um ônibus? Nã,nã,ni,nã,não. Trata-se de uma empresa privada que "comprou" uma concessão pública. Por que uma seguradora de veículos incentivaria a abandonarmos o carro, não é mesmo?