quinta-feira, 29 de novembro de 2007

O repertório foi simples assim:

Começou com um sambinha de fundo, coadjuvante para o risoto muy sofistcado que o Marelo preparava na cozinha. Nós, espectadores bêbados e famintos, ficamos meia banda pra cozinha meia banda pro quintal. Mas como criança mal educada fica sem comida e sem sobremesa, mantivemos a pose. E ganhamos canapés, e doses extras de vinho. E aí o repertório continuou. Sempre proporcional à embriaguez. Se começamos com o sambinha baixo e discreto num clima bossa nova, terminamos com Sinatra. E no último volume: “I`ve got youuuuu under my skiiiiin...”. Aos olhos dos OUTROS pode até parecer estranho cantar muito, daquele jeito que só pulmões beem cheios agüentam. Pode parecer estranho abrir um guarda-chuva dentro de casa, subir no banquinho, imaginar uma escadaria. E descer degrau por degrau articulando cada palavra da musica.
Mas os OUTROS não importam. Não ganharam o “tique”da viagem.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Nem só de pão vive o Homem (se bem que eu passaria muuuito bem)

O ato de se alimentar foi se aprimorando (ou piorando?) no decorrer do tempo.
Se antes colhíamos / caçávamos para sobreviver exclusivamente, hoje transformamos este momento em um evento social, onde o que é consumido perde importância. As pessoas precisam papear, jogar conversa fora, e com a escassez de tempo (valha-me Deus!) o momento das refeições tornou-se o intervalo pra levar a criança pra escola, ou até pagar uma conta no banco.
Mas há atividades piores para fazermos a dobradinha com as refeições. São elas:

Almoço + Trabalho – não me refiro àqueles longos encontros bancados pela firrrma em restaurantes caros da cidade, mas falo de comer um sanduíche qualquer na frente do computador. Isso é terrível, se a pessoa não tem nem tempo de mastigar, quiçá manter uma higiene básica como escovar os dentes...

Jantar + TV – Momento em que os solitários (voluntários ou não) se jogam no sofá, com um prato no colo. Se o programa de TV estiver interessante ainda correm o risco de perceber que o prato supostamente aquecido no microondas estava morno só na última garfada.

É por essas e outras que o paladar perde terreno no dia a dia de loucura. Estamos cada vez mais brutos. E a medida que isso ocorre, tenho a impressão que uma crosta cresce na nossa língua (e temo que avance para o cérebro).
As nuances de sabor parece que não existe mais. Adolescentes não distinguem azedo do amargo, e crianças não conhecem couve nem brócolis, mas (como aponta o muy gran filósofo da culinária pop Jamie Oliver) antes de serem alfabetizadas distinguem o símbolo da Pizza Domino`s.

Eu, ao menos, tento descobrir novos sabores. E é por isso que institui uma regra (só pra mim, é claro): existem refeições que foram feitas para apreciar em silêncio!
Um salame com chopp no jogo de futebol pede um papo, ou até uma discussão mais "acalorada". Um fondue com namorado também exige uma conversa (leve, nada de discutir relacionamentos...). Essa exige um elogio ao pé do ouvido, claro. Um pastel na feira, ou uma isca de peixe na praia pede um assunto qualquer, de preferência que não exija muito conhecimento técnico nem grandes teorias.
Mas ao sermos apresentados a um prato típico de algum lugar do mundo, isso exige concentração, e SILÊNCIO!
E só os grandes amigos são capazes de entrar na onda e acompanhar, mesmo que de maneira inconsciente. Só um grande amigo percebe que o momento que estamos mastigando não é a deixa pra ele falar. É sim o nosso momento de apreciar.
Depois destes bons momentos, o que eu posso fazer é agradecer: muito obrigada! Ah, posso também marcar mais almoços bacanas.

Desta vez os novos (pra mim) pratos descobertos foram dois da culinária judaica:
- Guelfite fish: bolinhos de peixe cozidos com molho picante de raiz forte e beterraba.
- Varenike: uma massa recheada com batatas e cebolas.
Sei lá... Acho que é isso. E bom apetite aos que se aventurarem!

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Amizade é...

Não é sempre que a gente tem boas notícias pra dar aos amigos. Geralmente o que rege as conversas são as reclamações e pequenos dramas do dia-a-dia como o chefe que pega no pé, a briga com namorado, ou até a azia pós-álcool ... Enfim, é bom e importante ter amigos pra falar sobre tudo isso, mas haja amizade se não existe contra-partida, certo? Desta forma, o interlocutor acaba por virar um muro de lamentações. E amizade é feita de troca. Um dia eu reclamo, no outro é dia do meu amigo reclamar. Não necessariamente nesta ordem e só com esta intenção. Podemos e – principalmente - devemos também falar de coisas boas. E nestes momentos é que percebemos a intenção de um amigo. Aqui me refiro aos amigos de verdade, afinal todo mundo tem suas idiossincrasias (ui, falei bonito!), suas dificuldades, suas curvas de humor. E com isso eu sempre me preocupei: se um amigo próximo está disposto a ouvir minhas dúvidas, queixas, ou filosofias de boteco... Muitas vezes deixo de falar para não incomodar, mas as coisas boas eu filtro menos, afinal são boas. E não é que até hoje me surpreendo ao perceber que alguns deles não querem compartilhar das novidades!? Dificuldade deles, e mais uma queixa minha que, desta vez, não vou deixar de falar.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Ê São Paulo

Lá fora o relógio aponta 34 graus, e eu aqui dentro do trabalho de calça de veludo. Vou adiar a minha saída o quanto puder.
Mas sempre que a temperatura esquenta a este ponto, é porque a chuva vem em seguida.
Como sobreviver numa cidade desta?
Parece simples (pero no mucho practico): sair de casa com sandálias no pé, e galochas na bolsa.
...e o resto a gente improvisa.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Independência ou morte.

Eu já deveria imaginar...Mudar de casa é uma atividade que requer paciência, dinheiro e tempo. Tudo que você planeja sai mais caro e leva muuuito mais tempo. Aos poucos e na marra vou aprendendo. A única coisa que eu lamento é que este tipo de atividade não se aprende na escola. Não existe um cursinho que te explique tim tim por tim tim.
Já cogitei até em escrever um manual: O guia prático para novos empreendedores do lar. Se isto já existisse, garanto que minha vida - neste momento - seria bem mais fácil.
Outro dia fui até a Leroy Merlin e depois de encher o carrinho de brocas, lixas e tintas fui ao departamento de chuveiros:

- Por favor, você tem aquele chuveiro grandão com ducha forte?
- O banheiro fica no térreo? Quantos fios são instalados na sua casa? 4? 6? Você prefere com turbo ou pressurizado?
_ Ahnnnn? Mas quem te fez uma pergunta fui eu! Alô, mãe? Será que você pode me ajudar........

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Eu e o transporte público

Todos nós sabemos que qualquer espécie de transporte público reserva assentos para um grupo específico de pessoas composto por velhos, gestantes, deficientes, e pessoas com crianças de colo. Nos ônibus, geralmente, estes lugares reservados ficam antes da catraca em cadeiras mais altas próximas ao motorista. Também se encontram no final do veículo outras cadeiras igualmente mais altas que as demais, reservadas ao mesmo público. E são justamente estes assentos que me deixam com uma dúvida enooorme. Não estariam discriminando as pessoas perdidas? Sim, pergunto isso porque sou brava defensora deste segmento: pessoas absolutamente sem senso de direção e espaço. Este público também deveria pertencer à classe especial, afinal são incapazes de se localizar no quarteirão da própria casa. Sem dúvida pertenço a este segmento. E como uma fiel usuária do transporte público, me sinto no dever de reivindicar as cadeiras do fundão destinadas somente ao grupo já citado. Não se trata de folga, ou motivo para sentar em momentos de superlotação. Mas se trata sim de sobrevivência. Só um perdido sabe exatamente do que eu falo. Já não lembro quantas vezes perdi o ponto, ora por não enxergar as placas da rua em momentos de aperto, ora por confiar na (falta de) memória do motorista que se compromete em indicar quando o local certo se aproxima. Por isso, considero aquelas cadeiras altas do final do corredor ideais. Foram praticamente projetas para isto: deixar o perdido em posição privilegiada para enxergar as placas de sinalização, saltar rápido, e simultaneamente manter contato visual direto com o cobrador, o melhor informante.
É pedir muito?

PS.: Aos espíritos- de-porco de plantão: eu não deixaria uma velhinha em pé, só porque me sinto no direito de dividir o local reservado, ok? Posso até perder o rumo, mas ainda não perdi a noção!

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

uma questão de hábito

“A tristeza ainda vai demorar pra passar. Eu não vou tomar anti-depressivos e nem vou beber até morrer. Só vou beber, porque faria isso de qualquer jeito.”

Alguns dias passo por aqui. Vejo dicas bacanas, e leio coisas interessantes.
Sei lá, pensei em postar novamente. Quem sabe, né!?
É tudo uma questão de hábito.

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Muito prazer, Inara.




Alguém sabia que o elevador da Justiça do Trabalho fala? Ok, até aí nada muito surpreendente. Nos últimos anos tivemos que estabelecer relacionamentos “estranhos” (para não dizer bizarro). Eu, por exemplo, vivo discutindo com aquele clipezinho do Windows, conhece? Nos momentos mais inconvenientes ele surge na tela do computador e insere algum comentário desnecessário, algo como “Você sabia que...”. Peloamordedeus! Qualquer informação é mais interessante que as tais formuladas. Será que alguém poderia comunicar ao responsável pelo software que: já que temos que conviver com o tal clipezinho, que ao menos ele informe a previsão de tempo na praia, o horóscopo, banalidades em geral. Isto sim é bem-vindo, e dá jeito. Já o elevador da Justiça do Trabalho, acho que só trocando mesmo. Pode ser até por uma escada. O que não dá é pra ouvir desaforo de elevador!? Digo isto, porque seu vocabulário foi ampliado, e agora vai além do primeiro, segundo ou terceiro andar. A nova geração indica excesso de peso! Imagina se você for a última pessoa a entrar no elevador... Vai ouvir uma barbaridade desta.
Assim não dá!

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Programa de índia

Tem momentos que alguns trocados no bolso e uma boa farmácia à vista fazem a alegria de qualquer mulher. Não me refiro às hipocondríacas de plantão, mas falo sobre aquelas mulheres comuns que, como eu, encaram o recinto como uma boa diversão. E para exercer esta atividade, eu tenho lá meus rituais. Salvo raras exceções, só entro em farmácias a partir das onze da noite. Momento em que velhinhos questionadores e crianças hiperativas estão longe do recinto. Daí sim, posso me deliciar. Playcenter para meninas crescidas.
Pego aquela cestinha minúscula e começo a desbravar o mundo dos cosméticos. A primeira sessão sempre é a de xampu. É incrível como existem tantos tipos de cabelo: secos, oleosos, secos nas pontas e oleosos na raiz, opacos, sem vida... Enfim, uma variedade que nunca existiu efetivamente antes do mercado criá-las. E nós mulheres bobas-carentes apesar toda racionalidade (?), nos deixamos ludibriar, porque este mercado atende principalmente ao nosso humor. Se um dia eu compro produto para cabelos lisos, no dia seguinte posso querer algo para cacheados. Onde está a lógica, hein, hein?
(Atenção homens: não tentem responder a esta questão. VOCÊS NUNCA VÃO COMPREENDER!!!)
Mas voltemos. À farmácia.
Normalmente vou munida de uma listinha das compras. Alguns itens não podem faltar:
Hipoglós (o mundo se divide entre a.h. e d.h. Como a humanidade passou tanto tempo sem este santo remédio? Cura tudo! Olheiras, pele seca, queimadura, boqueira, chulé, e até assaduras.) E também: desodorante, esmaltes, grampos, pasta de dente, colônia de bebê, e outras cositas... Uma variedade de produtos dispensáveis. O pior é notar que toda essa parafernália entra na minha lista de despesas mensais. Sim, sim, tá lá o seguinte item: "Futilidades". Eu percebi isso só agora... E essa doeu. O que fazer?

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Novités...

É sempre bom descobrir artistas que nos acrescentam. Necessariamente não preciso me identificar com a obra do sujeito, mas aquilo que ele produz - para se comunicar comigo - tem que agregar algo... Se não for uma sensação (o fundamental), que seja uma informação. Ontem descobri uma figura já conhecida por aí, mas que (por minha total desinformação) eu nunca ouvi. É aquele sujeito, que carrega suas musicas de referencia, ironiza meio mundo e ao mesmo tempo é delicado. Ainda estou me familiarizando com seu repertório. Se gosto? Ainda não sei. O que posso dizer é que suas brincadeiras e citações apontam outros caminhos das composições da nossa música. Ele claramente dialoga com Chico até D2... A obra dele não fecha em si. É, generosamente, inserida em um contexto maior. Por isso, encontrar Péricles Cavalcanti pra mim, tem sido tomar contato com muitos outros artistas também.
Taí a dica. Se quiser saber mais, entre em: http://www2.uol.com.br/periclescavalcanti/principal.htm.

quarta-feira, 27 de junho de 2007

UAU

Hoje às 07h50 da madrugada fui surpreendida pelo seguinte torpedo:
“O mundo devia ter pessoas assim como você: especiais! Tenha um bom dia!!!!”
Não se trata de ninguém íntimo ou com algum tipo de laço afetivo. A mensagem veio do homem que teve o carro amassado por mim... Juro que não fiz nada além da minha obrigação: depositei o valor do conserto na conta dele, e só. É por isso que sou especial? Ou seria uma cantada barata e sem criatividade?
Prefiro acreditar na bondade do rapá. Então tá, então...BOM DIA! Não é sempre que a gente acorda com um elogio deste porte!

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Sobre ressaca e educação.



Outro dia resolvi curar a ressaca com um lanchinho. Em geral os dias que seguem a bebedeira são sempre sofridos. Por isso resolvi não reprimir, e me entreguei aos prazeres do paladar burro e infantil do Mc Donald`s.
Confesso que se alguém me desse um suco de clorofila, ou uma boa água de coco com uma farta salada verde eu aceitaria de bom grado, mas eu naquele momento não tinha condições físicas de pensar em algo tão sofisticado assim. Me arrastei até a lanchonete e me restringi a dizer apenas “número 3, por favor!”. Isto é a única coisa que verdadeiramente me agrada na rede de fast-food: falar pouco. Um número diz tudo, e minha cara também dizia bastante naquele dia. A mocinha do caixa me poupou de perguntas como “torta de maçã acompanha?”, “batata grande como opção?”. Apenas anotou o pedido e me serviu muito rápido (ou eu que estava muito lerda naquele momento?).
Agradeci, e enquanto ela contava o troco escutei bem atrás de mim em alto e bom tom:
“Xau, xau (assim mesmo!) galerinha!” Meu pai do céu! Quem se arriscaria a falar de uma forma tão imbecil quanto essa? Xau, xau? Seria alguém de língua presa? Galerinha? Algum senhor tentando resgatar uma gíria perdida em algumas décadas atrás?
Nada disso! Era o Ronald Mcdonald que estava “animando” as crianças na área de lazer. Por alguns segundos tive um princípio de pânico. Aquele palhaço com trejeitos idiotas me deu medo. Muuuito medo! Fui tomada por uma sensação de terror pior do que quando assisti ao “It”, filme do palhaço que matava crianças.
Aí comecei a questionar o conceito de diversão que os pais aderiram para seus filhos hoje. Concordo que o Mc Donalds tem espaço adequado às crianças muito pequenas, e é melhor do que os restaurantes, que em geral não estão preparados para receber os pimpolhos. Mas expor aquelas coisas fofas ao monstro de cabelo vermelho que ainda fala errado, francamente! Pior que isso é o conceito alimentação. Desde as fraldas o sujeito aprende a consumir uma quantidade exagerada de toxina para o organismo, e a cada geração o vocabulário de hortaliças, legumes e frutas vem diminuindo. Mas esperar o que de pais que freqüentemente levam seus filhos a uma lanchonete que serve o “Shrek Menu”?

Literalmente, cardápio de Ogro.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Foi só um lapso...

SAIU HOJE NA ILUSTRADA: "o Guarani ganha versão futurista com DJ e projeções".
No mesmo dia, tive o seguinte diálogo no msn...

EU: oie...
Amigo: Hola, q tal?
EU: Então, vc vai na rave do Guarani!? Vê se pode... A Sol me deu 02 convites, mas tô em dúvida...
Amigo: aff, inclua-me fora dessa!
EU: ahahahahahahahahah, tô numa dúvida....
Amigo: Minha carteirinha da FUNAI tá lotada de carimbos já! Eu acho q vai ser uma roubada de proporções bíblicas!
EU: Tipo, preciso saber se é realmente tão ruim assim, sabe!?
Amigo: Mas não sei, vc gosta de música eletrônica?
EU: Gosto não... o máximo que chego perto é com Cibelle o Bebel Gilberto...
Amigo: Então... run, Forrest, run!
EU: ahahahahahahahahahahahahahahah. Vc tá hilário hj! Ai, ai...vou ligar pra Sol e dizer que não vou mais.
Amigo: Meu, vai ter o Guarani em versão eletrônica e depois uns djs, sete horas de balada. Francamente, né?
EU: ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh, vou desencanar.Vou trocar o Peri por uma Brahma!
EU: Então tá, então!
Amigo: faz muito bem!

Ufa! Realmente foi só um lapso mesmo.

terça-feira, 19 de junho de 2007

What would Jesus buy?

Parece que o Morgan Spurlock, aquele diretor do filme “Super size me” vai produzir um documentário sobre o consumismo. Chama-se “What would Jesus buy?” (O que Jesus compraria?). O filme retrata um coral Gospel que arma uma guerrilha contra o consumo, e avisam que o 'apocalipse de compras' se aproxima.
Parece interessante.
Torço para que não tenha a mesma abordagem única de “Super size me”. Mas já vale a discussão.
(Deu hoje no Blue Bus)

segunda-feira, 18 de junho de 2007

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Ê, São Paulo.


Andar nas ruas de São Paulo é um hábito que alguns motoristas ainda não descobriram, até porque muitos paulistanos não se identificam como pedestres (tristeee!). Essas pessoas até podem caminhar no parque do Ibirapuera, nas esteiras da academia e, quem sabe, nos corredores dos shoppings. Mas nas ruas, jamais. Pergunte a algum colega motorizado se, por acaso, já passou embaixo do Minhocão a pé, ou se já cruzou a Marginal em cima de alguma ponte andando? Imagino que não. Tenho que concordar que não são trajetos muito agradáveis. Mas esta é nossa cidade, e este tipo aproximação faz parte do processo de conhecê-la.
Confesso que, a cada andança, fico mais surpresa e chego a pensar que poderia retornar pra minha bolha prata com insufilme. Pra quê? Pra gastar mais dinheiro? Pra poluir mais? Pra ostentar esta máquina que me faz ficar mais tempo presa no trânsito?
Tem gente que me pergunta por que eu não saio de carro. À noite, uso muito. Depois das dez, quando a cidade permite literalmente andar de carro. Fora isto, passeio muito pelos bairros, e é incrível perceber a fauna que nos rodeia. São ratos, baratas, mosquitinhos de água parada. Sem contar as figuras mais loucas que ficam por aí. Essa é a minha cidade: feia e caótica. Ainda estou no processo de compreendê-la, pra quem sabe(em pequenas proporções)tentar transformá-la.

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Um salve pra Sto. Antônio!



Hoje, 13 de junho. Dia de Santo Antônio. Não é à toa que as comemorações dos namorados ocorrem no dia 12. Mas não confundamos alhos com bulgalhos. Uma data trata-se de manifestação cultural, religiosa, que minhas raízes luso-baianas insistem em homenagear. A outra, virou uma catarse comercial, data em que os pombinhos são obrigados a se agradar, e os seres “restantes”- em carreira solo- ficam deslocados. Por isso, uma amiga – desprovida de um affair e de alguns parafusos – jurou que vai fazer uma prece pra arranjar homem. Bater um papo com “os superiores” e acender uma vela,segundo ela, não adianta mais. Agora a o pedido tem que ser mais incisivo. Portanto se noticiarem por aí que a tocha do Pan foi roubada, certamente trata-se desta moça (em um ato de desespero) querendo se fazer enxergar por Santo Antônio. Pode?

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Isto sou eu. Ou o que restou de mim.

Tem dias que a gente acorda e quer meter o pé na porta, “ligar o foda-se”, e dar conta somente da gente, o que já é complexo.
Tem dias que a gente acorda e quer continuar dormindo. Às vezes por falta de ânimo, às vezes por indisposição física mesmo. Hoje eu tô assim: indisposta. Meu grau de tolerância está baixíssimo. Não me cobrem nada, não me solicitem nada, nem pedindo educadamente. Só por hoje eu não vou ouvir, não vou dar bola.
Deixei uma placa pendurada na minha carcaça: “Com licença, fui cuidar de mim”.
É assim que as grandes mudanças acontecem. Em breve uma versão 2.7 reformulda e, mais importante, re-organizada!

terça-feira, 15 de maio de 2007

Inquietação

Por que os proprietários de restaurantes do gênero self-service ficam bolinando na comida o tempo todo? Seria para ajeitar o arroz com feijão de cada dia , ou se trata de um tique generalizado?

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Velhos hábitos


Ontem voltei a escutar um CD que estava lá em cima da estante, bem distante.
O disco: “Erykah Badu – Baduizm”.
Sei não, comecei a desconfiar do meu gosto musical... Assim que coloquei o cd pra rodar, pulei logo para a faixa 03 “Apletree”.

Ela começa assim...
"I dedicate this to all the children
I have some food in my bag for you
Not the edible food, the food you eat, no
Perhaps some food for thought
Since knowledge is infinite"

Me agradava muito, há uns 07 anos...
Hoje, confesso, me parece exagerado. O estilo “Dowoodowee” não me comove mais. Achei morno.

Preciso de coisas novas, mesmo que sejam velhas. Mas boas. E djá!

terça-feira, 1 de maio de 2007

Civilidade

Para maioria das pessoas um pingado na padaria é uma atividade simples e até prazerosa. Não para mim! Minhas habilidades motoras não permitem que experiências como esta passem em branco. Hoje, por exemplo, consegui introduzir o fecho da minha pulseira no cafezinho da minha vizinha de balcão. Qualquer ser coordenado e habilidoso, nem se mirasse, alcançaria tal proeza com facilidade. Eu, munida de total descoordenação (sem perceber, é claro) consegui! Quando dei conta do ocorrido, a moça já estava olhando para minha cara e, pasmem, ao invés de reclamar ou me xingar (atitudes comum hoje em dia)resolveu limpar meu braço.
Confesso que fui surpreendida. Tem gente que leva um tiro por muito menos. Tive vontade de ficar amiga dela, sei lá... São raras as pessoas que não reagem a tudo com brutalidade.
Eu, educadamente, repuz o cafezinho que minha pulseira se afogou, e quando fui embora ela disse:
- Tchau, obrigada!

Fiquei emocionada.

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Bi-camadas


Ontem no supermercado fui surpreendida por um novo produto. (Ou seria o velho com uma cara nova?)
O mesmo iogurte surgiu em formatos variados.
Debrucei sobre o refrigerador e, apesar do gelo, dediquei alguns minutos a entender aquela proliferação de tantas embalagens para um único conteúdo. Variações sobre o mesmo tema. O gosto é o mesmo: activia morango, natural ou ameixa. As texturas variam do líquido ao viscoso. Mas teve uma novidade que me deixou mais intrigada: O bi-camadas. Valha-me Deus! Eles não têm mais o que inventar, não???
Trata-se do velho danone de morango com cobertura de geléia.
Muda-se o nome, o enfeite e... Pronto, é produto novo!
Adivinha qual foi pro meu carrinho??? Tem horas que eu me sinto uma idiota.

Agora, realmente eu queria entender melhor o conceito do bi-camadas. Deve ter alguma propriedade relevante nesse produto porque, convenhamos, o nome é imponente.

Cada besteira...


Ilustra - original do site http://elarmonista.com

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Contribuições do jornalismo de fofoca


Repórter amadora entrevista Rita Lee no lançamento da coleção da Rosa Chá inspirada na roqueira.
"Repórter": Rita, qual é o seu segredo para ter esta pele de mocinha? (Realmente ela não tinha nada melhor para perguntar...)

Rita: Eu não como cadáver, não vou ao Shopping... (Booooa!)

"Repórter": E creme você passa? (mais uma vez a moça perdeu a oportunidade...)

Rita: Esqueço de passar. Acho que é ruindade mesmo!
PONTO FINAL!

terça-feira, 17 de abril de 2007

RETRATOS DE UMA ATIVIDADE


(os nomes reais foram ocultados para manter a integridade dos profissionais)

CENA 01: Porta da Igreja Nossa Senhora do Brasil, missa. Gravação na rua.
Diretor fala para o produtor:
“Por favor, entre na igreja e peça pra eles fazerem silêncio. Assim não dá pra gravar.”
...

CENA 02: Casa de periferia em SP.
Diretor fala para toda equipe:
“Corta! Vocês têm que fazer os cachorros pararem de latir”.

Op. de áudio retruca:
“Pelos poderes de Greiscom! Eu tenho a fooorça!”

Risos
...

CENA 03: Estúdio, noite, gravação de um curta-metragem.
Diretor pergunta:
“Cadê a canoa?”

Produtor de objeto:
“Que canoa? Ninguém me avisou que tinha canoa na cena! São oito horas, quarta-feira,SP, onde eu vou arrumar uma canoa? Serve bote?”

Diretor:
“Não”

(Esse, teve uma crise de síndrome de pânico...)
...

CENA 04: Reunião de filmagem, documentário de pouca verba.
Diretor:
“... mas neste momento eu quero fechar a Ipiranga com a São João pra filmar com calma.”
...

Poucos exemplos ilustram bem a situação, ora ridícula, ora engraçada. Sempre urgente, prioritária. Até aí nenhuma novidade, essa é a lei do mercado de trabalho. Mas existe uma singularidade que faz com que esta atividade transite entre o cômico e o trágico como nenhuma outra. Acabo de descobrir que o limiar é muuuito sutil, mas resolvi me posicionar. Optei pelo cômico. Afinal, nem tudo deve ser levado tããão a sério.

Ilustração: www.pifva.org

Destino: Jd. Selma



São Paulo tem 01 carro para cada 02 habitantes. Saber deste dado me deixa mais certa de que o bilhete único é um atestado de cidadania (uau!?). Tomo um ônibus vazio na porta de casa, e desço na porta do trabalho. Num período de 30 min. posso ler, dormir, meditar.
Algumas etapas como encontrar a chave do carro (dificuldade de grau avançado para mim), brigar por espaço no trânsito e procurar local para estacionar, eu abri mão no meu dia-a-dia... O que alguns vêem como simplicidade eu encaro como luxo.

Mas tem momentos em que o discurso cai. Hoje, por exemplo, peguei o Jd. Selma e dormi. Ao acordar, vi pela janela um posto de gasolina.
Nunca havia passado por aquele posto, e o pior, nunca me esforcei para conhecer exatamente o destino final daquele ônibus. Pânico geral por alguns segundos!
Tive que voltar uns três pontos a pé. Pelo menos ainda existe calçada.

Mas, onde fica o Jd. Selma mesmo?

domingo, 8 de abril de 2007

sábado, 7 de abril de 2007

Cartola


Sexta-feira da paixão. SP vazia, e cinema lotado. Desta vez a movimentação teve um motivo, e não foi porque paulistano adora uma fila. Era a estréia do Documentário do Cartola. A fila dobrava o quarteirão. Há tempo não vejo isso no Espaço Unibanco. E Cartola merece. No fim da sessão as pessoas bateram palmas (há tempo também não vejo isso em cinema). Certamente as palmas eram pro Cartola, pra toda sua obra, pra Mangueira, e não para o documentário. Mas discutir a qualidade do filme, já outra conversa. Ao Lírio Ferreira e Hilton Lacerda vale o mérito de nos trazer o Cartola novamente, mesmo que sem novas descobertas.

sexta-feira, 30 de março de 2007

Diga xis!


Tudo começou com uma câmera fotográfica. Era uma Cânon 79 semi-profissional.
Foi ela que fez os melhores registros da minha infância. Foi com ela também, que eu - recém formada no colegial - fui estudar fotografia no SENAC. Aprendi enquadramento, temperatura das cores e o mais importante: o ponto de vista. Lá descobri que qualquer assunto pode e deve ser registrado por várias pessoas; afinal o registro de cada indivíduo é único. Cada qual com seu olhar. Uns conseguem ver em big close, chegam a detalhes que muitas vezes nem reparamos. Outros nos apresentam um campo maior, com um horizonte de informações; o que muitas vezes tira um pouco do peso e da “importância” do objeto retratado. “Tudo depende do ponto de vista”, não é assim que se fala por aí?
E eu, preciso mudar o meu. Urgentemente.

(A foto foi roubada de um site que encontrei no Google, confesso.)

quarta-feira, 21 de março de 2007

A headphone, please!


Tem momentos em que eu trocaria muita coisa por agradáveis fones de ouvido.
Simplesmente pagaria uns bons trocados para não ter que ouvir bobagens.
A cada dia que passa, meu grau de tolerância com seres do gênero humano vem diminuindo. Principalmente, com pessoas que se levam muito a sério.

quinta-feira, 8 de março de 2007

David Lynch expõe para a fundação Cartier em Paris.



Esta notícia da BBC Brasil me deixou um pouco confusa e muito curiosa também. Lá tem um link com as fotos da exposição, que eu infelizmente não consigo abrir. Ai, que curiosidadeeeeee!
Pra mim, ele é o mestre. Consegue criar climas e atmosferas que beiram o surreal. As trilhas, a foto, o quadro, a luz, e a TRAMA... É difícil assistir a um filme dele, e ficar impassível. Uns amam e outros odeiam. Eu, confesso, ao final de cada obra fico um pouco confusa. Sempre gosto, mas são tantos os campos de interpretação da história que a linha de raciocínio se multiplica, o que em geral causa longas e gostosas discussões sobre o autor.
Existe a compreensão pela óptica da metafísica: “Elas já estavam mortas...” – sobre o filme Cidade dos Sonhos.
Existe a interpretação mais psicológica e comportamental: “Aquilo no chão não era uma orelha, mas a visão do mocinho em surto psicótico...” – sobre Veludo Azul (meu preferido!!!)
Enfim, a discussão não termina exatamente por causa da trama que fica em aberto.
E essa é a graça de assistir a seus filmes inúmeras vezes.

quarta-feira, 7 de março de 2007

Ai, aqueles dias...




“A TPM é traiçoeira. Quando você se dá conta já chutou um balde de merda, e se precisar chuta de novo!”
Sábias palavras de um homem que parece me compreender muito bem: o meu médico ginecologista.



A ilustração é capa de um dos livros-quadrinhos da Maitena...

terça-feira, 6 de março de 2007

Olha aí

http://www.u-starvin.com/home
Aqui vc pode encontrar um site Inusitado. Quer saber o que acontece se colocar cola, giz, chiclete, telefone no Microondas? Vai lá.
Tem curioso pra tudo, né!?
Confesso que perdi 5 minutos, ou mais.

Protocolo do busão

Existe uma ética comum entre passageiros de trens, metrôs, ônibus e afins...
São pequenas regras que fazem toda diferença. Boa parte dos passageiros costuma seguí-las a risca.
Nos ônibus, quem desce no fim da linha, fica mais próximo à entrada. Quem desce mais cedo se acumula na porta de saída. O restante, vira o recheio de um grande sanduíche, a mercê das freadas bruscas do motorista, ou (no caso) das escatologias do cobrador... Em geral eles coçam muito as orelhas com a unha comprida do mindinho. Mas isso não vem ao caso.
Continuemos...

Quando o celular toca, a pessoa atende, mas fala baixo.
Baconzitos, pipoca-doce, e refrigerantes são normalmente consumidos dentro dos veículos, porém sempre disfarçados em alguma sacolinha de mercado, ou de vendinhas de terminal de ônibus. O motivo? Não sei explicar.
Em veículos lotados, os homens buscam se proteger. Qualquer movimento em falso pode se caracterizar como assédio sexual, o que causa pancadaria.

Sempre que alguém em pé carrega uma bolsa mais pesada ou sacolas, a pessoa sentada se oferece para segurar o objeto. Em geral, o passageiro em pé aceita por dois motivos:
01) É mais cômodo, e não atrapalha o restante.
02) Aceitar é uma forma de retribuir a gentileza.
Como negar então? Eu costumo sorrir (muito importante) e dizer que não é necessário. “Obrigada. Está tranqüilo”. Por mais que a sacola seja pesada, e me cause uma torcicolo, não me agrada a idéia de que um estranho tenha contato com meus objetos. E se furtarem alguma coisa? E se introduzirem um objeto ilícito ou nojento dentro da minha mala?
O mesmo vale para quando eu estou sentada. Finjo que não vi. É horrível, mas não gosto de me responsabilizar pela bugiganga alheia... As pessoas carregam cada coisa na bolsa! Paranóia minha? Quase isso. Não gosto e pronto.

segunda-feira, 5 de março de 2007

Quem sabe, sabe.

Elke Maravilha no programa “Gordo entrevista” reproduzindo frase de Pedro de Lara sobre Silvio Santos:
“Tem gente que é tão pobre, mas tão pobre que só tem dinheiro.”

E depois, ela ainda arremata:
“Pedro de Lara é uma pessoa extremamente profunda”

sexta-feira, 2 de março de 2007

What a f*** Crazy World




Daqui do trabalho bem ao lado da minha mesa tem uma janela gigantesca. Fico no quarto andar e dizem que tenho vista privilegiada. Vejo a Marginal Pinheiros, um pouquinho de mato, uns casarões do Morumbi (será que fica pra este lado?), uma das paradas do trem, e o prédio da Daslu. Cadê todo privilégio?
As pessoas estão ficando cada vez mais equivocadas. Elas acreditam no Jornal Nacional. Elas te avaliam pela marca do seu sapato.
Eu tento me policiar. É preciso estar atento pra não cair nesta artimanha, porque se a gente dá mole, pum! De repente estamos agindo da mesma forma, e passamos a dar importância a muita banalidade. Um dia ouvi um papo sobre inversão de valores. Acho que estou começando a compreender...

A ilustração é original do blog Apocalipse Motorizado. O link está aí ao lado.

quinta-feira, 1 de março de 2007

Será que tem jeito?

Ontem no prédio do Coral da USP ouvi um Jazz e parti atrás do som. Queria ver onde acontecia tudo aquilo. Senti que aquele lugar pulsava, tinha vida. Há tempos (por motivos mais que compreensíveis) tenho me sentido semi-morta. Fui.
A festa acontecia no prédio da ECA, ao lado. Tenho pânico destas manifestações joviais regadas a muita bebida e hormônios descontrolados. Mas a música era boa, e como! Cheguei, olhei,e dei meia volta. Tudo bem, o som poderia me acompanhar até o quarto andar do prédio ao lado. Enquanto voltava pedi aos anjos, santos, Deus – enfim, aquilo maior e mais poderoso que a gente - que desse muita luz pra todos aqueles estudantes. Em breve eles serão a mídia, afinal estudam pra isso. E a mídia há tempos está uma merda.
Será que tem jeito?

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Melancólica, eu?

Os orientais já diziam que a a mente fica na barriga, e não no cérebro. É lá que a gente “raciocina”.
O primeiro encontro, a prova de final de ano e a entrevista de trabalho “doem” na barriga, não na cabeça. Aquela cólica em hora errada, o friozinho ou o soco no estômago comprovam que nossas entranhas agem de maneira muito mais ágil do que um pensamento eficaz.

Levando em conta estes sintomas, podemos avançar e, quem sabe, até palpitar que a oscilação dos nossos humores vem de lá: do ventre. Siiiim, as mulheres sabem muito bem disto. Mas me refiro àquele humor azedo incontrolável, ou aquela indisposição com a vida. Afinal, não são todos os momentos em que o ânimo nos rodeia. Tem dias em que nem passam pela tangente.
Toda vez em que este animo me falta (olha que são muitas) eu culpo meu fígado. É algo bem inconsciente sem muita fundamentação, quase um bode espiatório. Mas esta teoria me satisfaz, ajuda, e é isso que interessa.

Penso que aquela história da bile negra não é fajuta, não. Este fluído quando intoxicado torna-se negro, o que demonstra que o organismo está em desequilíbrio, inclusive psíquico.
Pelo menos na antiguidade, ela era considerada a mola propulsora da Melancolia. Daí a origem da palavra: melas,negro, e chole, bile.... Isto foi tema da medicina em seus primeiros registros e é ainda hoje. Avançamos no assunto? Há quem diga que sim. Efexor, Zoloft, Prozac e etc, são inúmeros os produtos à disposição do paciente (ou seria cliente!?).

Por enquanto eu sigo resistente e não visto a persona de depressiva. Não preciso de um médico me dizendo, enquanto transcreve uma receita:
- “Ah, você sofre de transtorno de ansiedade!”.
- “Como doutor? É aquilo que me faz roer as unhas e sacudir os joelhos? Não sabia que tinha nome clínico. Pensei que fosse questão de consciência, um pouco de exercícios respiratórios e bastante vergonha na cara...”

Digo isso porque este mundo fácil do fast-food ferrou com a vida alheia. A gente ainda espera a vida fácil do” fast-mood” e, a pílula da felicidade, ainda não foi descoberta.
Até Alice - aquela do país das Maravilhas - ficou a ver navios!

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Alguns equívocos do festejo

Deixar de fazer minhas vontades em dentrimento de terceiros. Isto é um equívoco em qualquer situação...mas continuemos.
- Restaurante Mestiço / SP
- Roni Von na Gazeta e Ciro Bottini bêbado no Shoptime (Sim, não vi o Carnaval, mas assisti a bobagens deste nível)
- Explicar para a colega dinamarquesa que São Paulo é cidade onde o Carnaval é restrito, e não ser bem sucedida. "People work here,porra!"
- Levar a colega gringa para o Aeroporto e errar a fila do Check in. Quem tem boca vai a Dinamarca, ou pode acabar na JAL (Japan Airlines, com escala em NY. Not that bad...)
- E o pior: descobrir que gastou muito, mas muuuito mais em SP do que viajando para o litoral. Essa sim é pra chorar...

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

Esse tal de Carnaval...

Já vi que vou abrir mão da baderna mais um Carnaval. É praticamente uma missão complexa e impossível. Como se esquivar desta catarse coletiva? Pra mim, a empreitada tem se tornado cada vez menos trabalhosa. Há anos venho driblando algumas comemorações difíceis de passar em branco: copa do mundo, reveillon, natal...

Vou montar a minha festa com som em volume aceitável, bebidadas selecinadas (chega de kaiser quente, bombeirinho e afins) e principalmente TV desligada!!! Que fique claro, eu adoro samba, gosto da Mangueira e da Portela; mas não dá. Aquele ritmo domina a programação e se torna um mantra enlouquecedor. Prefiro um compacto com os melhores momentos pra assisitir em um dia qualquer.

Na realidade não vou abrir mão da baderna, ela é necessária; mas prefiro criar a minha com meus amigos em vez de compartilhar da baderna alheia.

Algumas opções!?

I)
LOCAL: SP na casa do Cládio e da Mari / Quintal
COMIDINHAS: sushi, sashimi (temos que aproveitrar o dote dos colegas...)
BEBIDINHAS: caipirinha de rum com lima da pérsia (ui, que fresco!) e muuuita água
SOM: Cibelle, Yo la tengo, Buena vista social club (pra variar...), depois a gente já tá berrando e não escuta mais nada

II)
LOCAL:Ilha bela, lá do lado do oceano no Bonete, bem longe dos foliões / Camping
COMIDINHAS: aquelas de astronauta, não dá pra inventar em camping
BEBIDINHAS: O que estiver mais barato. Vale tubaína e àgua da torneira. É o espírito
SOM: de preferência das ondas do mar, mas com certeza algum mala vai querer dividir a caixa de som ao lado da minha barraca. Em geral as trilhas destes ambientes variam entre Bob Marley, O Rappa e Sublime. O mesmo hit de sempre... Nada contra. Nem a favor.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

EASY



know it sounds funny but I just can't stand the pain
...I'm leaving you tomorrow
Seems to me...you know I've done all I can
You see I beg, stole, and I borrowed


...


I wanna be high
So high
I wanna be free to know the things I do are right
I wanna be free
Just me.

(Saudade da adolescência que não me larga...)

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Um salve para o bilhete único!

Ontem ouvi pela primeira vez a Rádio SulAmérica Trânsito. Uma rádio com o objetivo de prestar serviço ao motorista que fica engarrafado nesta cidade louca.
E fiquei triste. Fiquei triste porque perdemos a possibilidade de uma rádio bacana com música boa, informação, entretenimento... Estas já são tão poucas. Serviço de trânsito muita rádio já tem. Porque um assunto só? Por que não incentivar aos motoristas deixarem seus carros em casa, e tomarem um ônibus? Nã,nã,ni,nã,não. Trata-se de uma empresa privada que "comprou" uma concessão pública. Por que uma seguradora de veículos incentivaria a abandonarmos o carro, não é mesmo?