quinta-feira, 26 de abril de 2007

Bi-camadas


Ontem no supermercado fui surpreendida por um novo produto. (Ou seria o velho com uma cara nova?)
O mesmo iogurte surgiu em formatos variados.
Debrucei sobre o refrigerador e, apesar do gelo, dediquei alguns minutos a entender aquela proliferação de tantas embalagens para um único conteúdo. Variações sobre o mesmo tema. O gosto é o mesmo: activia morango, natural ou ameixa. As texturas variam do líquido ao viscoso. Mas teve uma novidade que me deixou mais intrigada: O bi-camadas. Valha-me Deus! Eles não têm mais o que inventar, não???
Trata-se do velho danone de morango com cobertura de geléia.
Muda-se o nome, o enfeite e... Pronto, é produto novo!
Adivinha qual foi pro meu carrinho??? Tem horas que eu me sinto uma idiota.

Agora, realmente eu queria entender melhor o conceito do bi-camadas. Deve ter alguma propriedade relevante nesse produto porque, convenhamos, o nome é imponente.

Cada besteira...


Ilustra - original do site http://elarmonista.com

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Contribuições do jornalismo de fofoca


Repórter amadora entrevista Rita Lee no lançamento da coleção da Rosa Chá inspirada na roqueira.
"Repórter": Rita, qual é o seu segredo para ter esta pele de mocinha? (Realmente ela não tinha nada melhor para perguntar...)

Rita: Eu não como cadáver, não vou ao Shopping... (Booooa!)

"Repórter": E creme você passa? (mais uma vez a moça perdeu a oportunidade...)

Rita: Esqueço de passar. Acho que é ruindade mesmo!
PONTO FINAL!

terça-feira, 17 de abril de 2007

RETRATOS DE UMA ATIVIDADE


(os nomes reais foram ocultados para manter a integridade dos profissionais)

CENA 01: Porta da Igreja Nossa Senhora do Brasil, missa. Gravação na rua.
Diretor fala para o produtor:
“Por favor, entre na igreja e peça pra eles fazerem silêncio. Assim não dá pra gravar.”
...

CENA 02: Casa de periferia em SP.
Diretor fala para toda equipe:
“Corta! Vocês têm que fazer os cachorros pararem de latir”.

Op. de áudio retruca:
“Pelos poderes de Greiscom! Eu tenho a fooorça!”

Risos
...

CENA 03: Estúdio, noite, gravação de um curta-metragem.
Diretor pergunta:
“Cadê a canoa?”

Produtor de objeto:
“Que canoa? Ninguém me avisou que tinha canoa na cena! São oito horas, quarta-feira,SP, onde eu vou arrumar uma canoa? Serve bote?”

Diretor:
“Não”

(Esse, teve uma crise de síndrome de pânico...)
...

CENA 04: Reunião de filmagem, documentário de pouca verba.
Diretor:
“... mas neste momento eu quero fechar a Ipiranga com a São João pra filmar com calma.”
...

Poucos exemplos ilustram bem a situação, ora ridícula, ora engraçada. Sempre urgente, prioritária. Até aí nenhuma novidade, essa é a lei do mercado de trabalho. Mas existe uma singularidade que faz com que esta atividade transite entre o cômico e o trágico como nenhuma outra. Acabo de descobrir que o limiar é muuuito sutil, mas resolvi me posicionar. Optei pelo cômico. Afinal, nem tudo deve ser levado tããão a sério.

Ilustração: www.pifva.org

Destino: Jd. Selma



São Paulo tem 01 carro para cada 02 habitantes. Saber deste dado me deixa mais certa de que o bilhete único é um atestado de cidadania (uau!?). Tomo um ônibus vazio na porta de casa, e desço na porta do trabalho. Num período de 30 min. posso ler, dormir, meditar.
Algumas etapas como encontrar a chave do carro (dificuldade de grau avançado para mim), brigar por espaço no trânsito e procurar local para estacionar, eu abri mão no meu dia-a-dia... O que alguns vêem como simplicidade eu encaro como luxo.

Mas tem momentos em que o discurso cai. Hoje, por exemplo, peguei o Jd. Selma e dormi. Ao acordar, vi pela janela um posto de gasolina.
Nunca havia passado por aquele posto, e o pior, nunca me esforcei para conhecer exatamente o destino final daquele ônibus. Pânico geral por alguns segundos!
Tive que voltar uns três pontos a pé. Pelo menos ainda existe calçada.

Mas, onde fica o Jd. Selma mesmo?

domingo, 8 de abril de 2007

sábado, 7 de abril de 2007

Cartola


Sexta-feira da paixão. SP vazia, e cinema lotado. Desta vez a movimentação teve um motivo, e não foi porque paulistano adora uma fila. Era a estréia do Documentário do Cartola. A fila dobrava o quarteirão. Há tempo não vejo isso no Espaço Unibanco. E Cartola merece. No fim da sessão as pessoas bateram palmas (há tempo também não vejo isso em cinema). Certamente as palmas eram pro Cartola, pra toda sua obra, pra Mangueira, e não para o documentário. Mas discutir a qualidade do filme, já outra conversa. Ao Lírio Ferreira e Hilton Lacerda vale o mérito de nos trazer o Cartola novamente, mesmo que sem novas descobertas.