sexta-feira, 30 de março de 2007

Diga xis!


Tudo começou com uma câmera fotográfica. Era uma Cânon 79 semi-profissional.
Foi ela que fez os melhores registros da minha infância. Foi com ela também, que eu - recém formada no colegial - fui estudar fotografia no SENAC. Aprendi enquadramento, temperatura das cores e o mais importante: o ponto de vista. Lá descobri que qualquer assunto pode e deve ser registrado por várias pessoas; afinal o registro de cada indivíduo é único. Cada qual com seu olhar. Uns conseguem ver em big close, chegam a detalhes que muitas vezes nem reparamos. Outros nos apresentam um campo maior, com um horizonte de informações; o que muitas vezes tira um pouco do peso e da “importância” do objeto retratado. “Tudo depende do ponto de vista”, não é assim que se fala por aí?
E eu, preciso mudar o meu. Urgentemente.

(A foto foi roubada de um site que encontrei no Google, confesso.)

quarta-feira, 21 de março de 2007

A headphone, please!


Tem momentos em que eu trocaria muita coisa por agradáveis fones de ouvido.
Simplesmente pagaria uns bons trocados para não ter que ouvir bobagens.
A cada dia que passa, meu grau de tolerância com seres do gênero humano vem diminuindo. Principalmente, com pessoas que se levam muito a sério.

quinta-feira, 8 de março de 2007

David Lynch expõe para a fundação Cartier em Paris.



Esta notícia da BBC Brasil me deixou um pouco confusa e muito curiosa também. Lá tem um link com as fotos da exposição, que eu infelizmente não consigo abrir. Ai, que curiosidadeeeeee!
Pra mim, ele é o mestre. Consegue criar climas e atmosferas que beiram o surreal. As trilhas, a foto, o quadro, a luz, e a TRAMA... É difícil assistir a um filme dele, e ficar impassível. Uns amam e outros odeiam. Eu, confesso, ao final de cada obra fico um pouco confusa. Sempre gosto, mas são tantos os campos de interpretação da história que a linha de raciocínio se multiplica, o que em geral causa longas e gostosas discussões sobre o autor.
Existe a compreensão pela óptica da metafísica: “Elas já estavam mortas...” – sobre o filme Cidade dos Sonhos.
Existe a interpretação mais psicológica e comportamental: “Aquilo no chão não era uma orelha, mas a visão do mocinho em surto psicótico...” – sobre Veludo Azul (meu preferido!!!)
Enfim, a discussão não termina exatamente por causa da trama que fica em aberto.
E essa é a graça de assistir a seus filmes inúmeras vezes.

quarta-feira, 7 de março de 2007

Ai, aqueles dias...




“A TPM é traiçoeira. Quando você se dá conta já chutou um balde de merda, e se precisar chuta de novo!”
Sábias palavras de um homem que parece me compreender muito bem: o meu médico ginecologista.



A ilustração é capa de um dos livros-quadrinhos da Maitena...

terça-feira, 6 de março de 2007

Olha aí

http://www.u-starvin.com/home
Aqui vc pode encontrar um site Inusitado. Quer saber o que acontece se colocar cola, giz, chiclete, telefone no Microondas? Vai lá.
Tem curioso pra tudo, né!?
Confesso que perdi 5 minutos, ou mais.

Protocolo do busão

Existe uma ética comum entre passageiros de trens, metrôs, ônibus e afins...
São pequenas regras que fazem toda diferença. Boa parte dos passageiros costuma seguí-las a risca.
Nos ônibus, quem desce no fim da linha, fica mais próximo à entrada. Quem desce mais cedo se acumula na porta de saída. O restante, vira o recheio de um grande sanduíche, a mercê das freadas bruscas do motorista, ou (no caso) das escatologias do cobrador... Em geral eles coçam muito as orelhas com a unha comprida do mindinho. Mas isso não vem ao caso.
Continuemos...

Quando o celular toca, a pessoa atende, mas fala baixo.
Baconzitos, pipoca-doce, e refrigerantes são normalmente consumidos dentro dos veículos, porém sempre disfarçados em alguma sacolinha de mercado, ou de vendinhas de terminal de ônibus. O motivo? Não sei explicar.
Em veículos lotados, os homens buscam se proteger. Qualquer movimento em falso pode se caracterizar como assédio sexual, o que causa pancadaria.

Sempre que alguém em pé carrega uma bolsa mais pesada ou sacolas, a pessoa sentada se oferece para segurar o objeto. Em geral, o passageiro em pé aceita por dois motivos:
01) É mais cômodo, e não atrapalha o restante.
02) Aceitar é uma forma de retribuir a gentileza.
Como negar então? Eu costumo sorrir (muito importante) e dizer que não é necessário. “Obrigada. Está tranqüilo”. Por mais que a sacola seja pesada, e me cause uma torcicolo, não me agrada a idéia de que um estranho tenha contato com meus objetos. E se furtarem alguma coisa? E se introduzirem um objeto ilícito ou nojento dentro da minha mala?
O mesmo vale para quando eu estou sentada. Finjo que não vi. É horrível, mas não gosto de me responsabilizar pela bugiganga alheia... As pessoas carregam cada coisa na bolsa! Paranóia minha? Quase isso. Não gosto e pronto.

segunda-feira, 5 de março de 2007

Quem sabe, sabe.

Elke Maravilha no programa “Gordo entrevista” reproduzindo frase de Pedro de Lara sobre Silvio Santos:
“Tem gente que é tão pobre, mas tão pobre que só tem dinheiro.”

E depois, ela ainda arremata:
“Pedro de Lara é uma pessoa extremamente profunda”

sexta-feira, 2 de março de 2007

What a f*** Crazy World




Daqui do trabalho bem ao lado da minha mesa tem uma janela gigantesca. Fico no quarto andar e dizem que tenho vista privilegiada. Vejo a Marginal Pinheiros, um pouquinho de mato, uns casarões do Morumbi (será que fica pra este lado?), uma das paradas do trem, e o prédio da Daslu. Cadê todo privilégio?
As pessoas estão ficando cada vez mais equivocadas. Elas acreditam no Jornal Nacional. Elas te avaliam pela marca do seu sapato.
Eu tento me policiar. É preciso estar atento pra não cair nesta artimanha, porque se a gente dá mole, pum! De repente estamos agindo da mesma forma, e passamos a dar importância a muita banalidade. Um dia ouvi um papo sobre inversão de valores. Acho que estou começando a compreender...

A ilustração é original do blog Apocalipse Motorizado. O link está aí ao lado.

quinta-feira, 1 de março de 2007

Será que tem jeito?

Ontem no prédio do Coral da USP ouvi um Jazz e parti atrás do som. Queria ver onde acontecia tudo aquilo. Senti que aquele lugar pulsava, tinha vida. Há tempos (por motivos mais que compreensíveis) tenho me sentido semi-morta. Fui.
A festa acontecia no prédio da ECA, ao lado. Tenho pânico destas manifestações joviais regadas a muita bebida e hormônios descontrolados. Mas a música era boa, e como! Cheguei, olhei,e dei meia volta. Tudo bem, o som poderia me acompanhar até o quarto andar do prédio ao lado. Enquanto voltava pedi aos anjos, santos, Deus – enfim, aquilo maior e mais poderoso que a gente - que desse muita luz pra todos aqueles estudantes. Em breve eles serão a mídia, afinal estudam pra isso. E a mídia há tempos está uma merda.
Será que tem jeito?