terça-feira, 6 de março de 2007

Protocolo do busão

Existe uma ética comum entre passageiros de trens, metrôs, ônibus e afins...
São pequenas regras que fazem toda diferença. Boa parte dos passageiros costuma seguí-las a risca.
Nos ônibus, quem desce no fim da linha, fica mais próximo à entrada. Quem desce mais cedo se acumula na porta de saída. O restante, vira o recheio de um grande sanduíche, a mercê das freadas bruscas do motorista, ou (no caso) das escatologias do cobrador... Em geral eles coçam muito as orelhas com a unha comprida do mindinho. Mas isso não vem ao caso.
Continuemos...

Quando o celular toca, a pessoa atende, mas fala baixo.
Baconzitos, pipoca-doce, e refrigerantes são normalmente consumidos dentro dos veículos, porém sempre disfarçados em alguma sacolinha de mercado, ou de vendinhas de terminal de ônibus. O motivo? Não sei explicar.
Em veículos lotados, os homens buscam se proteger. Qualquer movimento em falso pode se caracterizar como assédio sexual, o que causa pancadaria.

Sempre que alguém em pé carrega uma bolsa mais pesada ou sacolas, a pessoa sentada se oferece para segurar o objeto. Em geral, o passageiro em pé aceita por dois motivos:
01) É mais cômodo, e não atrapalha o restante.
02) Aceitar é uma forma de retribuir a gentileza.
Como negar então? Eu costumo sorrir (muito importante) e dizer que não é necessário. “Obrigada. Está tranqüilo”. Por mais que a sacola seja pesada, e me cause uma torcicolo, não me agrada a idéia de que um estranho tenha contato com meus objetos. E se furtarem alguma coisa? E se introduzirem um objeto ilícito ou nojento dentro da minha mala?
O mesmo vale para quando eu estou sentada. Finjo que não vi. É horrível, mas não gosto de me responsabilizar pela bugiganga alheia... As pessoas carregam cada coisa na bolsa! Paranóia minha? Quase isso. Não gosto e pronto.

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