quinta-feira, 14 de junho de 2007

Ê, São Paulo.


Andar nas ruas de São Paulo é um hábito que alguns motoristas ainda não descobriram, até porque muitos paulistanos não se identificam como pedestres (tristeee!). Essas pessoas até podem caminhar no parque do Ibirapuera, nas esteiras da academia e, quem sabe, nos corredores dos shoppings. Mas nas ruas, jamais. Pergunte a algum colega motorizado se, por acaso, já passou embaixo do Minhocão a pé, ou se já cruzou a Marginal em cima de alguma ponte andando? Imagino que não. Tenho que concordar que não são trajetos muito agradáveis. Mas esta é nossa cidade, e este tipo aproximação faz parte do processo de conhecê-la.
Confesso que, a cada andança, fico mais surpresa e chego a pensar que poderia retornar pra minha bolha prata com insufilme. Pra quê? Pra gastar mais dinheiro? Pra poluir mais? Pra ostentar esta máquina que me faz ficar mais tempo presa no trânsito?
Tem gente que me pergunta por que eu não saio de carro. À noite, uso muito. Depois das dez, quando a cidade permite literalmente andar de carro. Fora isto, passeio muito pelos bairros, e é incrível perceber a fauna que nos rodeia. São ratos, baratas, mosquitinhos de água parada. Sem contar as figuras mais loucas que ficam por aí. Essa é a minha cidade: feia e caótica. Ainda estou no processo de compreendê-la, pra quem sabe(em pequenas proporções)tentar transformá-la.

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